A RR (rádio Renascença), decidiu, na semana passada, dar a conhecer aos seus ouvintes e aos portugueses em geral, a sua posição editorial em relação ao referendo sobre o aborto, tomando a defesa do “não”.
Poucas horas depois, foi publicada, em vários órgãos de comunicação social, a fotografia de um grupo, jogadores do clube doentológico do sindicato dos jornalistas, acabados de chegar de um torneio de bisca lambida realizado em Saturno. Pensei que os queixos caídos e as calças na mão simbolizavam a coça que tinham levado na bisca ou necessidades ainda não satisfeitas em fim de tão longa viagem mas, lida a legenda, percebi que estava errado.
Pela voz de um dos seus elementos soube que estes seres estavam surpreendidos pelo facto da direcção de uma empresa privada de comunicação social ter tido a lata, o despudor de, publicamente, assumir uma posição e mandar às urtigas a tão apregoada imparcialidade. Inadmissível, imperdoável e inimaginável nos bons velhos tempos da criação do dito clube!
Quem se ausenta, voluntariamente ou não, do planeta terra durante tanto tempo, fica sujeito a estas desagradáveis surpresas quando aterra. Lá, nas nuvens, talvez pela falta da gravidade, acredito que os extraterrestres vejam os jornalistas como eles gostavam que nós, terráqueos, os víssemos, ou seja, anjinhos com asas, pairando em círculos, subsistemas de segurança perfeitos e restritos, por sobre nós, os comuns dos mortais.
Seja por causa da redução da camada do ozono, por andar com uma crise de fígado ou pelo simples facto de ter aprendido a ler, há muito tempo que acredito tanto na imparcialidade dos jornalistas como acredito na fada madrinha.
Aliás, se eu não souber as opiniões do conjunto dos jornalistas que compõem uma rádio, um jornal ou uma televisão, como raio é que vou escolher a informação que prefiro ouvir, ler ou ver?
Imparcialidade sim, mas nos factos senhores, nos factos! E aqui é que a porca torce o rabo, porque como ainda há alguns monopólios na cobertura jornalística em certas regiões do planeta, certamente praticantes do tipo de imparcialidade abençoada pelo tal senhor porta-voz, são tão grandes os barretes que nos enfiam que nos tapam da cabeça aos pés.
Para quem tem a dupla sorte de saber ler em inglês e ter acesso rápido e fácil há muitos anos à Internet, esta decisão da RR não é novidade, porque, para os órgãos de comunicação social ingleses e americanos, informar os seus clientes das escolhas editoriais é o pão nosso de cada dia.
Resta-me uma dúvida: quanto tempo demoraria o dito representante do conselho doentológico do sindicato dos jornalistas a criticar a RR se esta fosse apoiar o “sim”?
Poucas horas depois, foi publicada, em vários órgãos de comunicação social, a fotografia de um grupo, jogadores do clube doentológico do sindicato dos jornalistas, acabados de chegar de um torneio de bisca lambida realizado em Saturno. Pensei que os queixos caídos e as calças na mão simbolizavam a coça que tinham levado na bisca ou necessidades ainda não satisfeitas em fim de tão longa viagem mas, lida a legenda, percebi que estava errado.
Pela voz de um dos seus elementos soube que estes seres estavam surpreendidos pelo facto da direcção de uma empresa privada de comunicação social ter tido a lata, o despudor de, publicamente, assumir uma posição e mandar às urtigas a tão apregoada imparcialidade. Inadmissível, imperdoável e inimaginável nos bons velhos tempos da criação do dito clube!
Quem se ausenta, voluntariamente ou não, do planeta terra durante tanto tempo, fica sujeito a estas desagradáveis surpresas quando aterra. Lá, nas nuvens, talvez pela falta da gravidade, acredito que os extraterrestres vejam os jornalistas como eles gostavam que nós, terráqueos, os víssemos, ou seja, anjinhos com asas, pairando em círculos, subsistemas de segurança perfeitos e restritos, por sobre nós, os comuns dos mortais.
Seja por causa da redução da camada do ozono, por andar com uma crise de fígado ou pelo simples facto de ter aprendido a ler, há muito tempo que acredito tanto na imparcialidade dos jornalistas como acredito na fada madrinha.
Aliás, se eu não souber as opiniões do conjunto dos jornalistas que compõem uma rádio, um jornal ou uma televisão, como raio é que vou escolher a informação que prefiro ouvir, ler ou ver?
Imparcialidade sim, mas nos factos senhores, nos factos! E aqui é que a porca torce o rabo, porque como ainda há alguns monopólios na cobertura jornalística em certas regiões do planeta, certamente praticantes do tipo de imparcialidade abençoada pelo tal senhor porta-voz, são tão grandes os barretes que nos enfiam que nos tapam da cabeça aos pés.
Para quem tem a dupla sorte de saber ler em inglês e ter acesso rápido e fácil há muitos anos à Internet, esta decisão da RR não é novidade, porque, para os órgãos de comunicação social ingleses e americanos, informar os seus clientes das escolhas editoriais é o pão nosso de cada dia.
Resta-me uma dúvida: quanto tempo demoraria o dito representante do conselho doentológico do sindicato dos jornalistas a criticar a RR se esta fosse apoiar o “sim”?
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