(foto www.semanal.expresso.clix.pt)
Como já não tinha mais nenhum livro novo para ler tive que me reabastecer e, por isso, fui até à FNAC, aquela mercearia gigante onde se compram computadores, telemóveis, discos, jogos, televisores, livros, sandes, chupa-chupas e bolos. Em destaque dois livros: “O cérebro feminino” com trezentas e tal páginas (no meu tempo chamava-se “O livro em branco” e tinha apenas cerca de cem páginas) e “O dia em que Sócrates vestiu Jeans”, de uma escritora inglesa, apresentado como “inteligente, divertido e original romance que mostra aos jovens que a filosofia pode melhorar as suas vidas… As grandes questões da vida abordadas pelas atractivas técnicas da literatura”.
Com estes dados, Sócrates, inglês e técnicas, pensei tratar-se do nosso primeiro mas, um olhar mais atento ao jovem na fotografia da capa, rapidamente me elucidou sobre o herói principal. Não era o nosso!
Não faz mal porque, a julgar por uma pequena amostra que vi, há dias, na SIC-Noticias, os próximos meses vão ser ricos na demonstração desses conhecimentos, embora eu tema complicações a outros níveis. Pela dita amostra, vai ser um fartote se o homem insistir em dar entrevistas naquela língua de trapos; a conversa há-de, inevitavelmente, sair da parte técnica das engenharias (cadeira em que é elevadamente licenciado) para as coisas mais triviais e aí, sem rede por baixo, a coisa pode ficar feia. Espero, sincera e honestamente, que não lhe aconteça a ele o mesmo que me acontece, muitas vezes, a mim!
Modéstia à parte, também eu sou muito bom na parte técnica (diploma de inglês de praia) mas quando a conversa descamba para o dia-a-dia, como não percebo patavina do que me dizem, meto o meu sorrisinho de plástico – para o conseguir escorropicho tanto a pele da cara que deixo de ouvir! – e, depois, seja o que Deus quiser: podem insultar-me a mim, à minha malta ou ao meu fcp, podem dizer que tenho as mãos nos bolsos e a braguilha aberta, podem contar-me a mais triste e comovente história verídica que conheçam mas, o meu sorriso, só se desfaz quando finalmente me apercebo do silencio que me rodeia e da incómoda sensação de que, a qualquer momento, me vão partir a tromba.
Imaginem-me a falar com o presidente russo, ou com o presidente Mugabe (que virá de visita), ou com o presidente Chavez, ou com o presidente emplastro: troco ou pronuncio mal uma palavra e, de repente, até parece que fiz uma critica sobre a forma como tratam dos direitos humanos nos seus países! Nem em sonhos me passaria pela cabeça fazer tal critica, quanto mais acordado! Sim, quem sou eu, metido no meu cantinho, para dar lições de moral seja a quem for? Santinho?
A conversa até está muito agradável mas, vão-me desculpar, estou ali a ver o Bush e o Blair, badamecos, tenho que lhes ir dizer umas quantas verdades, os gajos andam para aí a abusar, ouvi uns zunzuns sobre cadeias e torturas, haja alguém com coragem que os meta na ordem, vou ali e já venho. Excuse me!
Uma pergunta, aproveitando a boleia ali de cima e já que estamos na época: porque carga de água é que nós não podemos ter santos com nomes nobres, tipo Gustavo, Afonso ou Guilherme e comer bifinhos de lombo com batatinha frita e champanhe a acompanhar em vez dos pindéricos Pedro, António e João mais as suas pindéricas sardinha e sangria, essa mistela demoníaca que arruína a fruta, a gasosa e, até, o mau vinho? Porquê?
Como já não tinha mais nenhum livro novo para ler tive que me reabastecer e, por isso, fui até à FNAC, aquela mercearia gigante onde se compram computadores, telemóveis, discos, jogos, televisores, livros, sandes, chupa-chupas e bolos. Em destaque dois livros: “O cérebro feminino” com trezentas e tal páginas (no meu tempo chamava-se “O livro em branco” e tinha apenas cerca de cem páginas) e “O dia em que Sócrates vestiu Jeans”, de uma escritora inglesa, apresentado como “inteligente, divertido e original romance que mostra aos jovens que a filosofia pode melhorar as suas vidas… As grandes questões da vida abordadas pelas atractivas técnicas da literatura”.
Com estes dados, Sócrates, inglês e técnicas, pensei tratar-se do nosso primeiro mas, um olhar mais atento ao jovem na fotografia da capa, rapidamente me elucidou sobre o herói principal. Não era o nosso!
Não faz mal porque, a julgar por uma pequena amostra que vi, há dias, na SIC-Noticias, os próximos meses vão ser ricos na demonstração desses conhecimentos, embora eu tema complicações a outros níveis. Pela dita amostra, vai ser um fartote se o homem insistir em dar entrevistas naquela língua de trapos; a conversa há-de, inevitavelmente, sair da parte técnica das engenharias (cadeira em que é elevadamente licenciado) para as coisas mais triviais e aí, sem rede por baixo, a coisa pode ficar feia. Espero, sincera e honestamente, que não lhe aconteça a ele o mesmo que me acontece, muitas vezes, a mim!
Modéstia à parte, também eu sou muito bom na parte técnica (diploma de inglês de praia) mas quando a conversa descamba para o dia-a-dia, como não percebo patavina do que me dizem, meto o meu sorrisinho de plástico – para o conseguir escorropicho tanto a pele da cara que deixo de ouvir! – e, depois, seja o que Deus quiser: podem insultar-me a mim, à minha malta ou ao meu fcp, podem dizer que tenho as mãos nos bolsos e a braguilha aberta, podem contar-me a mais triste e comovente história verídica que conheçam mas, o meu sorriso, só se desfaz quando finalmente me apercebo do silencio que me rodeia e da incómoda sensação de que, a qualquer momento, me vão partir a tromba.
Imaginem-me a falar com o presidente russo, ou com o presidente Mugabe (que virá de visita), ou com o presidente Chavez, ou com o presidente emplastro: troco ou pronuncio mal uma palavra e, de repente, até parece que fiz uma critica sobre a forma como tratam dos direitos humanos nos seus países! Nem em sonhos me passaria pela cabeça fazer tal critica, quanto mais acordado! Sim, quem sou eu, metido no meu cantinho, para dar lições de moral seja a quem for? Santinho?
A conversa até está muito agradável mas, vão-me desculpar, estou ali a ver o Bush e o Blair, badamecos, tenho que lhes ir dizer umas quantas verdades, os gajos andam para aí a abusar, ouvi uns zunzuns sobre cadeias e torturas, haja alguém com coragem que os meta na ordem, vou ali e já venho. Excuse me!
Uma pergunta, aproveitando a boleia ali de cima e já que estamos na época: porque carga de água é que nós não podemos ter santos com nomes nobres, tipo Gustavo, Afonso ou Guilherme e comer bifinhos de lombo com batatinha frita e champanhe a acompanhar em vez dos pindéricos Pedro, António e João mais as suas pindéricas sardinha e sangria, essa mistela demoníaca que arruína a fruta, a gasosa e, até, o mau vinho? Porquê?
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