Titulo Um (actual mas já requentado): dois funcionários do banco estatal e governamental – a CGD – reformados por invalidez naquela instituição, estão a trabalhar noutras instituições financeiras, acumulando a respectiva reforma com o salário.
Titulo dois (Maio 2005): O ministro das finanças Campos e Cunha recusou pressões de José Sócrates para substituir a administração da CGD alegando que o mandato de quatro anos seria para levar até ao fim. Isto porque a administração indicada pelo Executivo de Santana Lopes tinha tomado posse há menos de um ano, em Outubro de 2004.
Titulo três (Junho 2005): Luis Campos e Cunha, ministro das finanças, acumula reforma com ordenado do governo mas salienta que é legítimo e legal – por ter sido vice-governador do Banco de Portugal durante apenas 6 anos, conseguiu, aos 49 anos de idade, obter uma pensão desta instituição no valor de 114 784,00 Euros anuais (cerca de 8.000,00 Euros mensais).
Titulo quatro (Julho 2005): Campos e Cunha esgotado deixa a pasta das Finanças depois de ter entrado, dentro do Governo, num braço-de-ferro com os ministros da Economia e das Obras Públicas (ambos muito influentes junto do primeiro-ministro).
Titulo cinco (Agosto de 2005): o novo ministro das finanças do governo socialista substituiu o presidente do banco público, Vítor Martins (figura respeitada e secretário de Estado dos Assuntos Europeus de Cavaco Silva), por este, alegadamente, recusar financiar os grandes projectos públicos, nomeando para o cargo Carlos dos Santos Ferreira, tido como um homem próximo do socialista António Guterres.
Titulo seis (Agosto de 2005): o socialista Vara foi nomeado pelo novo ministro das Finanças do governo socialista, para administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Nota um: é após os acontecimentos dos títulos cinco e seis e a consequente despromoção a simples directores que se detectam os primeiros sinais das doenças que hão-de, alegadamente, provocar a invalidez relatada no título um;
Nota dois: um dos inválidos é administrador da SLN (a do BPN), eleito na lista de Miguel Cadilhe, antigo ministro de Cavaco Silva e o outro, a outra neste caso, é assessora do banco Santander, administradora na ECS (uma empresa de capital de risco) e numa construtora que pertence a um cidadão de Ansião, uma autarquia, desde sempre, totalmente laranja.
Nota três; com os inválidos saiu também Luis Alves Monteiro (secretário de estado da indústria dos governos sociais-democratas liderados por Cavaco Silva) nomeado por Santana Lopes.
A questão óbvia: que embrulhada do caneco, hem?
A resposta habitual: não não, tudo legal, tudo nos conformes!
O desabafo do reformado pacóvio, rotineiro e inofensivo: grandes *#/$%*..! A conclusão oficial e publicada: é a prova do falhanço das políticas neoliberais de direita que dominam o mundo e o país e que têm provocado o acentuar das desigualdades entre os portugueses e, simultaneamente, a prova da crescente necessidade da implementação de politicas verdadeiramente socialistas, através duma maior intervenção do estado e do aumento da regulação para evitar que casos futuros sejam publicitados na comunicação social e cheguem ao conhecimento dos reformados eleitores que, coitados, têm coisas bem mais interessantes para saber do que estas – olha, por exemplo, como ligar à internet os Magalhães distribuídos aos netos.
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