Saturday, February 24, 2007

Leituras





A direcção do DN – jornal que deixei de comprar desde que ela foi eleita – foi demitida na semana passada por um dos manos Oliveira, actuais proprietários do jornal. Não foi por minha causa! Eu, que nem o meu escasso cabelo consigo dominar, não ia agora que ia pôr-me em bicos de pés armado ao pingarelho; quando era rapazola e ainda tinha uma farta e encaracolada cabeleira, para tentar mantê-lo liso, domesticado e apresentável para um qualquer bailarico, molhava-o e atava uma toalha à volta da cabeça até secar – dai ter ficado com o cérebro assim, meio morto e congelado.
Mas fiquei contente por saber que fomos muitos a virar as costas a um jornal há muito dominado por jornalistas que são a escrita dos seus donos.

Na Venezuela, o bonacheirão ditador local lá vai aumentando a pressão á volta do pescoço dos seus concidadãos; com os preços dos produtos tabelados, uma inflação galopante e a desvalorização da moeda local, os proprietários de supermercados que retiraram os produtos das prateleiras, para não os venderem com prejuízo, ou os que os estão a vender acima da tabela foram ameaçados com o roubo, perdão, a nacionalização das suas lojas.
Entretanto vai vendendo petróleo abaixo do seu preço aos pobres americanos, através de organizações privadas americanas que, em compensação, passam anúncios televisivos elogiando o seu gesto benemérito.

O troglodita que escraviza os norte coreanos não só conseguiu que o deixassem mexer no taco depositado nas contas bancárias que tem em Macau como também consegiu a promessa de receber petróleo e autorização para continuar a comprar os miminhos a que se habituou. Em troca? A promessa de mais uns mesitos de (suposto) bom comportamento.

Outra excelente proposta de um importante líder islâmico da Malásia: um cinto de castidade para as mulheres se protegerem dos depravados sexuais e para os maridos se sentirem mais seguros.
Como estas piadas hoje viajam à velocidade da luz, o senhor já veio dizer que, na realidade, estava a brincar, aquilo não era para levar a sério. Ainda!

Na Jordânia, um jovem universitário de 19 anos que matou a sua irmã de 22 quando soube que ela tinha uma relação amorosa fora do casamento, apesar de divorciada, saiu em liberdade, por já ter cumprido a pena de três meses a que foi condenado. O juiz decretou que o jovem cometeu o assassínio num acto de raiva, ao abrigo do artigo 98 do código penal. A sentença inicial foi de 6 meses, comutada para metade por a família ter desistido das queixas e por ele ser estudante.

De visita à Turquia, o presidente do Banco Mundial, o americano Paul Wolfowitz, tirou os sapatos para ir à Mesquita. Espanto geral e o embaraço particular: dois enormes buracos, um em cada uma das meias que o senhor presidente tinha calçadas (fotografias disponíveis em http://yalibnan.com/site/archives/2007/02/toetotally_emba.php). Sinto-me honrado por ter tão ilustre personalidade como companheiro de desgraças.

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