Wednesday, January 06, 2010

Banalidades



Em reacção à mensagem de Ano Novo do senhor Presidente da Republica (o tal que, em certos sectores é carinhosamente conhecido como “o gajo”), o chefe do grupo parlamentar do partido socialista, em entrevista a um jornal, disse que “… o PS governou, com sucesso, na redução do défice estrutural do nosso défice”. E disse-o sem se rir!

Na mensagem, o tal senhor que em certos sectores é conhecido como “o gajo”, deu-nos (mais) um murro no estômago para ver se a malta presta a devida atenção às nuvens negras que estão ali à frente, no nosso futuro imediato. E o que é que disse “o gajo”? Banalidades:

- “…quando gastamos mais do que aquilo que produzimos, há sempre um momento em que alguém tem de pagar a factura…”;

- “…com este aumento da dívida externa e do desemprego, a que se junta o desequilíbrio das contas públicas, podemos caminhar para uma situação explosiva”;

- “…é necessária uma maior exigência e responsabilidade para os detentores de cargos públicos porque o exemplo deve vir de cima…”

- …Os custos da correcção de um desequilíbrio das finanças públicas podem ser dramáticos…;

- Falo sempre com um imperativo: nunca vender ilusões nem esconder a realidade do País e em nome da verdade;

- A dívida do Estado (...) aproxima-se de um nível perigoso e o endividamento do País ao estrangeiro tem vindo a aumentar de forma muito rápida, atingindo já níveis preocupantes;

- Os dinheiros públicos não nos podemos dar ao luxo de os desperdiçar e o caminho do nosso futuro tem de assentar em duas prioridades fundamentais: o reforço da competitividade externa das nossas empresas e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira, já que é uma ficção pensar que é possível conseguir uma melhoria duradoura do nível de vida dos portugueses sem o aumento da produtividade e da competitividade da nossa economia e, por outro lado, o apoio social aos mais vulneráveis e desprotegidos e às vítimas da crise».

Para os muito distraídos, as banalidades apontadas podem ter sido causados pelo D. João II, pelo Marques de Pombal, pelo Salazar, pelos Marcelos (o Caetano e o Rebelo de Sousa) ou até pelos seis meses e meio da des(governação) do modernaço Santana Lopes.

Fruto da minha descontracção e estupidez natural, o recado pareceu-me essencialmente dirigido a quem, nos últimos quinze anos – desde 1995 – mandou no governo português durante doze anos e meio: o PS!

Sim, eu sei que é chato, mas há que não esquecer este pequeno detalhe quando se fala do nosso país e da sua situação, quando são divulgados, por entidades estrangeiras, os dados relativos aos nossos índices de desenvolvimento.

A questão é que, com a instrução do povo pelas ruas da amargura e com a maioria da imprensa anestesiada ou dependentemente domesticada, toda a gente é culpada menos a ideologia socialista, aquela ideologia em que um punhado de gente, de falinhas mansas e mamar doce, se apodera do estado, o engorda e o estende a tudo quanto mexe, com o objectivo de impedir o desenvolvimento da nossa verdadeira liberdade individual, fomentando o parasitismo e penalizando o sucesso do risco, formatando uma sociedade que reage como um bando de gente acéfala e acrítica, que bate palmas quando lhe mandam e que bate a bola baixa quando tem de ser. Veneranda e agradecida!

E, como é publicamente sabido, quem se mete com eles, com os socialistas, pimba, leva! Se “o gajo” tivesse barbas como o meu bisavô Ezequiel bem as podia pôr de molho; como não tem, que se ponha a pau!

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