Friday, March 05, 2010

Ops, enganei-me!




Eu não sei como é que vocês andam mas eu estou farto deste mau tempo até às orelhas, qualquer dia nascem-me umas barbatanas entre os dedos dos pés ou então, muito pior do que isso, vou começar a respirar por guelras o que vai complicar ainda mais a minha vida de fumador.
Não é que eu fume muito, por acaso até devo pertencer à classe dos fumadores mais moderados mas quem me tira aqueles três cigarritos logo a seguir à janta põe-me piurço, fico-lhe com um pó que nem sei, fico mais danado do que quando o meu Fóculporto perde as peneiras de arrecadar o penta.
Mas voltando ao mau tempo, à chuva e ao frio, a este maldito frio, no final do ano passado houve muita publicidade a uma cimeira sobre o clima que teve lugar na Dinamarca, cimeira essa que foi tema de abertura em muitos telejornais e que serviu para muita noticia sobre o tão famoso aquecimento global.
Segundo as noticias de então, aquela reunião, que contaria com a presença dos mais iluminados cientistas mundiais, era vista como uma das últimas oportunidades de que o estafermo do homem ia dispor para pôr de lado um conjunto de maus comportamentos que levariam o planeta terra a um espetanço monumental devido ao aumento astronómico da sua temperatura (fala-se muito em igualdades entre os sexos mas o certo é que as Marias ficaram de fora do rol dos causadores de prejuízos à mãe natureza e, como de costume, só nós homens é que pagamos as favas).
Embora não pareça e ninguém ainda tenha desconfiado, vejo-me forçado a confessar-vos que não sou perito neste assunto e os meus conhecimentos na matéria resumem-se aos humores do calo que vive no dedo pequeno do meu pé esquerdo; quando ele me dói é certo e sabido que pode chover ou fazer sol e quando não me dói é um claro sinal de que vai estar bom tempo ou mau tempo. Tirando este tecnologicamente avançado instrumento científico de análise climática, pouco mais sei do que a maior parte dos outros terráqueos.
Por causa da minha ignorância, tenho pois que me fiar nas palavras dos cientistas que, supostamente, se esfalfam a estudar essas matérias e sou gentilmente convidado (e levado) a acreditar nos organismos internacionais que tratam da coisa, organismos esses que são escolhidos pelos representantes dos governos mundiais.
E aí é que a porca começa a torcer o rabo porque, para mim, a versão oficial que andam, há anos, a tentar vender-me sobre a existência dum aquecimento global causado pelo homem sabe-me tão mal como me sabiam as colheres de óleo de fígado de bacalhau que me impingiam na escola primária.
Ainda por cima, um dos maiores vendedores da teoria, um poderoso organismo chamado IPCC e que ganhou o Nobel da Paz em 2007 em conjunto com o meu amigo Al, tem sido apanhado numa série de erros de palmatória. Num desses erros, a “certeza absoluta, absoluta, absoluta” de que os glaciares dos Himalaias iam desaparecer em 2035 foi rectificada e adiada para o ano 2350 e justificada como um simples lapso tipográfico.
Com “erros tipográficos” deste calibre não admira que eu ande a tiritar de frio: prometem-me calor e depois saem-me estas temperaturas da treta!

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