Monday, May 19, 2008

Cáculos




(foto daqui)



Tivesse sido eu o distraído a ser apanhado com a boca na mortalha dentro de um avião português, tivesse sido eu a invocar desconhecer estar a infringir uma lei ou tivesse sido eu a prometer acabar com o vicio como prova de que nunca mais erraria, tivesse sido eu a fazer aquilo tudo e não estaria em condições de escrever este texto, estaria morto e enterrado pelo ridículo e pelo desprezo a que as autoridades, certamente, me teriam votado!

Em múltiplos estudos relacionadas com os níveis de desenvolvimento, Portugal aparece sempre muito mal classificado quando comparado com os nossos parceiros europeus. O episódio do fumo a bordo do avião da comitiva governamental, a saloia explicação e a bacoca promessa do nosso primeiro, por irrelevantes que pareçam, são exemplos elucidativos das causas que explicam, e bem, o nosso teimoso atraso!

No país que foi visitar, governado pelo amigo Hugo, há petróleo em barda e um litro de gasolina é muito mais barato do que um litro de água; ao preço a que se vai vendendo o oiro negro seria de esperar que os venezuelanos, a esmagadora maioria dos venezuelanos, estivesse a viver um presente risonho, cheio de propriedades e que o acordar de todos os dias fosse ansiado e animado.

É, infelizmente também por cá o socialismo pôs a coisa preta. O nosso acordar também não é animado e é, quando muito, ansioso. Aos impostos, estúpida e exageradamente altos para sustentar os vícios públicos, juntou-se agora o elevado preço do petróleo. Este rico par criou um cocktail que está a dar cabo da nossa existência. Segundo alguns, ainda a procissão vai no adro, quando ela chegar ao altar, os únicos andores serão mesmo aqueles que já se foram. Só para elucidar quanto aos impostos: em Badajoz, vende-se o gasóleo a €1,15 e a gasolina 95 a €1,13 por litro. Em postos da Galp! Essa mesmo, a nossa!

Com tanto taco a viajar dos bolsos dos países consumidores para os dos países produtores, uma das mais importante guerras que nós, democracias ocidentais, temos que travar – e ganhar – é a de evitar que os ricaços, os governos ricaços que não se regem pelas mesmas regras que as nossas – regras democráticas – nos corrompam com os seus fundos soberanos.
Estes fundos soberanos, com pipas e pipas e pipas de massa, controladas por estados com governantes pouco recomendáveis, andam às compras, atrás das nossas empresas privadas, empresas que às escondidas eles odeiam pela que representam de sucesso do capitalismo privado versus capitalismo de estado. Com excepção de uma minoria – como o Canadá e a Noruega – a maior parte destes fundos soberanos pertencem a regimes ditatoriais como o do anfitrião, camarada e amigo daquele senhor que disse que ia deixar de fumar.

Controlar estas compras vai ser um enorme quebra-cabeças, a chanceler alemã deu um grande sinal nesse sentido propondo um sistema europeu de veto a aquisições de certas empresas privadas por parte desses fundos estatais.

Por falar em quebra-cabeças e para arejar as ideias, enviarei um livro da minha autoria, cujo título é “O livro em branco”, a quem me der a resposta certa (suportada por cálculos matemáticos) para o problema, que me chegou através de um familiar:
Uma mãe é 21 anos mais velha do que o filho.Daqui a seis anos a mãe terá uma idade 5 vezes maior do que a do filho.Pergunta-se: Onde é que está agora o pai? As respostas podem ser enviadas para javcosta@netcabo.pt

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