Monday, May 12, 2008

Dádivas





Conhece alguém que se chame Luís Filipe? Sim? Então vá, mexa-se e vá, a correr, avisá-lo para meter baixa, para se deitar e se tapar muito bem tapadinho e esperar que passem os meses que faltam até ao final do ano antes que torne a ver a luz.

Se o Luís Filipe seu conhecido não aceitar as suas recomendações e os seus avisos, arrefinfe-lhe com algumas das anedotas que circulam por aí sobre os azares que afectam as agremiações comandadas pelos muito conhecidos Menezes e Vieira e vai ver como ele, o seu amigo, rapidamente se pira da sua vista, não vá a coisa ser mesmo contagiosa.

O vulcão que é a agremiação do Luís Filipe que é Menezes – o PSD – entrou em erupção cuspindo faísca em todas as direcções; o verniz estalou de vez, agora aquilo é mesmo um partido todo partidinho, vai ser o bom e o bonito para o remendarem.

Pela elegância usada no trato público dá para fazer uma pequena ideia do sofisticado ambiente que vai pelo balneário destes socialistas democratas, os salamaleques com se mimoseiam as diferentes personalidades menezistas, santanistas, mendistas, barrosistas, etc.
Por enquanto, diz-se, a salvação limita-se ao rosário do nome de pessoas mas, tenho a certeza, em breve se discutirão as ideias. Ou então não!

Daqui a uns meses, caso consiga manter-se inteira, esta agremiação vai andar por todo o país a esmolar pelo voto de cada um dos portugueses. É suposto que, por essa altura, as comadres que hoje andam à dentada e à canelada, confraternizem embevecidas umas com as outras, em diálogos delicodoces e enjoativos “ó Ribauzinho, rico, tome lá mais chá que bem falta lhe faz! Está bem, tia Paula Teixeira da Cruz, a menina é tão simpática!”

A pedinchice, como de costume, vai ser para que cada um de nós vote nestes cândidos socialistas democráticos em vez de votarmos nos outros democráticos socialistas, os outros, os da rosa, para ver quem é que vai mandar durante quatro anos. Na corrida, como é habitual cá no burgo, só vão estar as diferentes interpretações do socialismo, estando vedada a participação de equipas que queiram tirar o estado da equipa principal e pô-lo no banco dos suplentes. Verdade seja dita que ainda não se vislumbra no horizonte nenhuma equipa portuguesa disposta a jogar este tipo de jogo. Preferem o rendilhado que nos mantém pobres, cada vez mais na cauda desta, também ela pobre, Europa.

Qualquer que seja o nome da super cola que estejam a usar na altura da pedinchice, acreditará esta gente, que tanto se detesta e tanto se odeia, que a malta os quer para governo? Às tantas!

José Júdice, que deixou o partido laranja e parece estar em trânsito para o rosa, acha que se o PSD não se chegar para a direita se deve fundir com o PS. Este homem, que é um senhor, anda a ver se me convence de que não vai ganhar nada no seu cargo de três anos como administrador da sociedade que vai reabilitar a zona ribeirinha da capital. Almoços grátis de alguém que é dono, ou sócio, de vários restaurantes caros? Hummmm…

Só agora se soube que o estado (eu, tu, ele, nós, vós, eles) gastou dois milhões de euros para termos a”honra” de ver um piloto português, Tiago Monteiro, a correr na fórmula 1. Isto sim, é gastar dinheiro a grande velocidade!

Na final do torneio de ténis do Estoril, os espectadores presentes aplaudiram entusiasticamente a pedinchice (a pedido) feita pelo número 1 do mundo, no seu discurso de vitória, expressa no desejo de que o estado entre, rapidamente, com as fanfas para a construção de um novo estádio para os torneios futuros.

Porquê o estado? Então a coisa não dá lucro? Se dá, porque não arriscam os privados? Se não dá lucro, isto é, se dá prejuízo, porque carga de água tem o estado de participar?

Grão a grão, é assim o socialista democrático e o democrático socialista: sempre a dar dinheiro a quem não precisa dele!

1 comment:

Artur Leitão said...

Coitado do Luís Filipe m. e do Luís filipe v. Ambos vieram ao mundo das suas ambições em tempo inoportuno. Enquanto o outro, o pc, for o Senhor do reino e do feudo, enquanto for recebido na Assembleia dos anciãos para lavagem de impurezas e "comícios" e bebícios", não há nada a fazer.
É a vida, já o outro dizia.